Header Ads

Feito com Visme

  • Últimas

    Crónica de Reguengos: "Amadores de Monsaraz triunfam no seu 15º Aniversário"


    Boa entrada de publico em Reguengos para a tradicional corrida de toiros de 15 de Agosto e comemoração dos 15 dos Amadores de Monsaraz, numa tarde muito quente.

    Um cartel de seis cavaleiros, um misto entre aqueles que somam já um número considerável de atuações este ano, entre aqueles que dão agora os seus “primeiros passos” na temporada de 2019.

    Em praça Luís Rouxinol, João Moura Caetano, Manuel Telles Bastos, Marcos Bastinhas, Duarte Pinto e o cavaleiro praticante Francisco Núncio.

    Lidaram-se toiros da mítica ganadaria de Pinto Barreiros e pegaram a solo os Amadores de Monsaraz.

    Coube a Luís Rouxinol abrir praça, num dia em que juntamente com Marcos Bastinhas, tinham dupla jornada, seguindo de Reguengos para Messejana. Bonita saída do astado de Pinto Barreiros, com o cavaleiro de Pegões a aguentar a investida levando-o na garupa em três voltas aos ruedo. Um toiro que teimava em emparelhar-se ao cavalo cortando terrenos. Colocou dois bons ferros compridos.

    Nos curtos Luís Rouxinol iniciou a série com um ferro mais aliviado, vindo a ajustar-se no ferro seguinte. Com a segunda montada dos curtos empolgou as bancadas com galope a duas pistas na cara do toiro, terminando a lide com dois ferros de palmo e um bom par de bandarilhas.

    Marcos Bastinhas que lidou logo em segundo lugar, em virtude do compromisso em Messejana, cravou um primeiro comprido traseiro emendando logo no ferro seguinte. Nos curtos entrou intermitente falhando a colocação do segundo ferro, no entanto, a lide aí “explodiu” e a raça do cavaleiro veio ao de cima com a cravagem de um bom ferro frontal. Trocou novamente de montada para rematar a lide. Preparou o ferro de palmo com bonitas levantadas do cavalo e rematou de igual forma. Foi ainda buscar um quarto cavalo com o qual saiu do páteo de quadrilhas com o par de bandarilhas para gáudio das bancadas.

    João Moura Caetano não teve tarefa fácil perante o toiro que no início prometeu muito com uma bonita saída, com o cavaleiro a recebe-lo praticamente sem passar nos bandarilheiros perseguindo logo a montada. Cravou dois compridos regulares. Para os ferros curtos Moura Caetano sacou do inevitável cavalo Campo Pequeno do ferro João Dinis, que aliás foi a coudelaria mais representativa da tarde. Lide de entrega mas de pouca transmissão para as bancadas, perante escassez de bravura do toiro. O cavaleiro de Monforte não se ficou e tornou a mudar de montada, mas a lide teimava em não subir de tom falhando a cravagem do ferro com o público a manifestar-se. A lide valeu pela colocação do último ferro através de um cambio justo tendo o devido reconhecimento do público.

    Manuel Telles Bastos, senhor de uma equitação fina e de uma linha mais clássica teve uma boa passagem pela Praça de Toiros José Mestre Batista. Diante um toiro, quanto a mim, morfologicamente diferente dos seus “irmãos de camada” com córnea baixa, o cavaleiro da Torrinha cravou três compridos regulares. Nos curtos montando um cavalo do ferro Pablo Hermoso de Mendoza realizou uma lide preparando bem as sortes, sendo frontais e justas. No final o toiro a “rachar” com o cavaleiro a ter que pisar terrenos de compromisso para colocar os ferros.

    Duarte Pinto, quanto a mim, um dos bons cavaleiros da sua geração que merecia ser aposta em mais cartéis de grande compromisso. Recebeu bom o toiro aguentando as suas investidas e colocou dois ferros compridos regulares. Nos curtos foi uma lide esforçada com o toiro a evidenciar crença nas tábuas. Duarte teve que se empregar para colocar o oponente nos terrenos para a cravagem dos ferros, sem se fazer quase notar a intervenção dos bandarilheiros. Cravou de frente em sortes de praça a praça partindo para o toiro e provocando investida, aproveitando a mangada para a colocação dos ferros. No final justo reconhecimento do publico.

    Fechou praça o jovem cavaleiro praticante da célebre dinastia Núncio. Francisco mostrou boas maneiros, dando volta a um toiro que cedo procurou a crença das tábuas. O jovem cavaleiro falhou a colocação do primeiro ferro comprido, mas na viajem e aproveitando a investida do toiro, conseguiu “dobrar” o cavalo e colocar o ferro de seguida. Nos curtos teve trabalho acrescido dada a crença do toiro, mas deu a volta e cravou como manda as regras deixando muito boa impressão em Reguengos.

    Quanto à forcadagem a tarde era de festa e os Amadores de Monsaraz tiveram seis boas prestações, com destaque para a pega do quinto da tarde, com o toiro a fugir ao grupo, mantendo-se o forcado da cara fechado de braços e pernas. Pegaram quatro toiros aos primeiro intento e dois à segunda.

    Quanto aos toiros de Pinto Barreiros, em apresentação dentro do tipo da ganadaria com pesos a oscilarem entre os 460Kg e os 505Kg, em comportamento faltou bravura para dar mais “salero” às lides, pedindo entrega aos cavaleiros e forcados.

    Luís Gamito