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    Praça Maior: "Ninguém pode esconder que no dia 17 houve uma manifestação pró-taurina"


    Quase uma semana depois da primeira corrida de toiros organizada pela Associação Praça Maior em Santarém, quisemos saber o que correu bem, menos bem, as expectativas, as ideias futuras... de um grupo de 8 jovens aficionados que, sem fins lucrativos, tornaram de novo a "Celestino Graça" uma praça maior para a afición portuguesa. 



    Cumprido que está o primeiro compromisso para 2019 da "Praça Maior" com a Monumental de Santarém, que análise faz a Associação do que aconteceu e se viveu na corrida de dia 17 de Março?
    Associação Praça Maior: Tentámos resumir a análise que fazemos no post que colocámos nas redes sociais e que, por cima de uma fotografia do passado dia 17 de Março, com as bancadas cheias, dizia: “Obrigado! Santarém está de volta” (imagem acima). Obrigado à afición pela resposta que deu! Sempre dissemos, e vão continuar a ouvir-nos dizer, que quem tem poder para recuperar e manter a Monumental “Celestino Graça” como uma Praça Maior é a afición. O primeiro passo está dado. Agradecemos a todos os que ajudaram, e foram muitos, e a todos os que vieram. Santarém está de volta!

    Qualquer outra praça em Portugal, com os 8.826 espectadores, estaria mais que esgotada! A “Celestino Graça”, devido à sua lotação máxima de mais de 13 mil, não conseguiu esse feito, ainda. O que acha que ficou a faltar no passado domingo para se conseguir esgotar a praça?
    APM: Ainda bem que me faz esta pergunta pois é uma oportunidade para esclarecer que a lotação actual da Monumental de Santarém é de 11.500 lugares e não 13 mil. A Praça teve efectivamente 13.000 lugares mas, há já alguns anos que, após passagem do espaço dos lugares para os 50 cm actuais, a lotação foi reduzida para 11.500 lugares que é a lotação actual. Respondendo à sua pergunta: o que ficou a faltar para a Praça esgotar foram 2.500 aficionados que ainda não conseguimos convencer a vir. Trabalharemos nesse sentido, voltando a contar com a ajuda de toda a afición, em especial daqueles que vieram a esta corrida de dia 17 de Março e poderão contar a experiência que viveram.

    Ainda assim, têm clara noção de que já foi uma vitória para Santarém e para a Festa Brava em geral o que se passou domingo? Ou para vocês não foi suficiente? 
    APM: Claro que foi uma enorme vitória. Os pseudo-defensores dos animais diziam que uma das demonstrações de que a Festa estava a morrer era o decréscimo do número de espectadores na capital do Ribatejo. Este ano terão de reportar um exponencial aumento de espectadores e ainda só se realizou uma corrida! Se juntarmos aos espectadores todos aqueles que estiveram directamente envolvidos na realização do espectáculo, estivemos na Celestino Graça mais de 9.000 pessoas. Embora os meios de comunicação social, sobretudo os nacionais, certamente conduzidos por agendas e interesses anti-taurinos, tenham apenas dado notícia de uma manifestação anti-taurina que teve cerca de 2 dezenas de participantes, como as imagens que passaram bem mostraram, ninguém pode, nem consegue esconder que no dia 17 de Março de 2019 houve uma manifestação pró-taurina, em Santarém, cujos manifestantes tiveram de pagar para entrar, que teve mais de 9.000 participantes. E estes 9.000, sem precisar de megafones, afirmaram bem alto a nossa liberdade, a nossa identidade e a nossa cultura. Agora se pergunta se é suficiente… a resposta é “Não”. Não é suficiente. A revitalização da maior Praça do país não se faz apenas num dia ou numa única corrida. Em Junho, na Feira do Ribatejo, temos de ser mais ainda!

    E nesse sentido, tendo também de exemplo a corrida de Março, no que pensam agora melhorar, para em Junho (10 e 16) se conseguir nessas duas corridas colocar o “não há bilhetes” em Santarém?
    APM: Há muitas coisas para melhorar mas o nosso desafio não é colocar o “Não há bilhetes”. Quem tem poder para colocar o “Não há bilhetes” na Praça de Santarém é a afición. Se a afición quiser tomar como seu esse desafio então certamente que se colocará esse cartaz nas bilheteiras da Praça, mas esse é um desafio que está para além da nossa capacidade. O que está ao nosso alcance é tudo fazer para proporcionar uma excelente experiência a todos os que vierem à “Celestino Graça” e nesse sentido, já tendo feito muito para Março, ainda há muito a fazer: Chegar com a comunicação ainda a mais aficionados, Promover melhor a compra antecipada de bilhetes para facilitar a logística no dia, Articular com a Câmara e a PSP o transito e o estacionamento, Disponibilizar mais Casas de Banho ao público, Aumentar o número de bilheteiras abertas no dia do espectáculo, Melhorar o serviço de “comes e bebes” nas bancadas… É a isto que nos propomos e será nisto que nos vamos empenhar para que os aficionados venham e queiram voltar a vir aos toiros a Santarém.



    Consideram que este projecto de revitalizar a praça de Santarém também está a resultar porque, não é só fruto da imensa vontade de 8 aficionados, antigos forcados, de que a “Celestino Graça” voltasse a ter dignidade, mas também da união entre empresas e marcas locais, bem como da edilidade camarária, neste projecto?
    APM: A Câmara Municipal de Santarém (que adquiriu 10 mil euros em bilhetes e não 20 mil como muitos afirmaram, valor que pode ser consultado no processo de contratação pública levado a cabo), as empresas que que se envolveram, e os abonados, foram e estão a ser absolutamente fundamentais. No entanto, este projecto está a resultar sobretudo porque, ao contrário do que alguns quiseram e querem fazer crer, a tauromaquia faz mesmo parte da cultura e da identidade do nosso povo e enquanto o povo quiser, ninguém conseguirá acabar com a tauromaquia em Portugal. Foi isso que ficou claramente demonstrado no passado dia 17 de Março, tal como fica demonstrado quando as corridas televisionadas têm centenas de milhares de espectadores. Agora, os agentes da Festa têm de fazer a sua parte e têm de o fazer pensando no público em primeiro lugar, e com o nível de trabalho e de profissionalismo que se exige em qualquer outra actividade económica sobretudo as que se encontram sujeitas a enorme concorrência, como é o caso do entretenimento.

    Santarém pode servir de exemplo a outras praças e empresas tauromáquicas de que as marcas e empresas locais devem e podem apostar na Tauromaquia sem receios?
    APM: Esse tema que nos coloca é um tema interessante e complexo. Muitas marcas são propriedade de multinacionais oriundas de países que não conseguem entender a tauromaquia e não querem estar envolvidas em temas fraturantes e, portanto, é muito difícil atrair essas marcas para o espectáculo tauromáquico. No entanto, no que diz respeito às marcas nacionais, sobretudo as de alguns sectores de actividade, a presença publicitária em Corridas de Toiros representa certamente uma enorme oportunidade, quer em termos de aumento de notoriedade, quer em termos do potencial de realização de acções de marketing directo que a presença numa Praça de Toiros em dia de espectáculo permite. Há muito para ser feito nesse âmbito e ficaremos muito contentes se conseguirmos dar algum contributo nesse sentido.

    Escusado será perguntar o desejo da Praça Maior para as corridas de Junho…
    APM: O nosso desejo continua a ser o mesmo: defender e promover a Festa tornando a “Celestino Graça” uma Praça Maior! Continuamos a contar com toda a afición para vivermos as emoções que só uma Corrida de Toiros proporciona, especialmente na maior Praça de Toiros de Portugal. Vemo-nos de novo a 10 e 16 de Junho!