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    Temporada 2018: O Toureio a Pé em análise


    Uma temporada mais, o Toureio a Pé foi o meio-irmão da Festa, sentindo-se o pouco investimento nesta vertente. 

    Na verdade, tivemos direito a Figuras das caras nalguns festejos mas que nada acrescentaram ao nosso panorama taurino, já que a imposição dos 'gatos' que querem cá vir tourear, lhes condiciona sempre o desempenho.

    Portugal até ganhou mais um matador em 2018, mais um a somar-se à cerca de meia dúzia dos que por aí andam, na vã esperança que podem ser alguém neste país, onde muitas vezes só se inclui Toureio a Pé em corridas (mas mistas) porque a isso obriga o caderno de encargos ou a tradição festiva das datas e das praças. Pois por gosto e vontade...

    As novilhadas viram-se com mais frequência em 2018, muito por obra e graça das escolas de toureio, dos seus mentores, directores e de um ou outro organizador mais arrojado, que se empenham em levar por diante um tipo de festejo que cria ilusão nos que querem ser toureiros.


    De matadores, António João Ferreira conta nos dedos de uma mão, e mesmo assim ainda lhe sobram muitos, os números de espectáculos em que participou em 2018. Mas não tem comparação a quantidade com a qualidade do seu toureio e o que mostrou, quer em Lisboa quer em Vila Franca, foi suficiente para reiterar que o seu valor é grande demais para um país (e uma afición) tão pequenino. 

    Também Manuel Dias Gomes foi em 2018 bafejado por boas actuações, em maior número que António João, demonstrando que ano após ano, cresce em ofício, regularidade e segurança. Apenas lamentamos que não tenha cabido para ele espaço no abono lisboeta. Talvez em 2019... 

    Nuno Casquinha, que arrecada triunfos e prémios uns atrás dos outros no Peru, fez este ano uma campanha meritória no seu país, correndo-lhe melhor a entrega e a raça pelo Colete Encarnado em Vila Franca. 

    Joaquim Ribeiro “Cuqui” tornou-se no mais recente matador de toiros português, estatuto que adquiriu no México. Por cá, actuou mais ainda como novilheiro do que como matador e necessitará em 2019 de cimentar um lugar de maior destaque.

    Pese embora as dificuldades e os entraves a uma carreira de luces, as escolas de toureio têm futuro garantido, com as mais conhecidas sempre a renovarem 'turmas', e outras a reaparecerem ou a ganharem cada vez mais posição como a recente Escola de Toureio 'Arcas' em Samora Correia ou a Escola Taurina de Montijo. Muitos são os jovens que se perfilam nesta vertente, pelo que falar de alguns, seria injusto para os outros.


    Ainda assim, referir o novilheiro João d’Alva, que em 2018 cumpriu pelo último ano às ordens da Escola de Toureio José Falcão, e que foi quem mais se destacou em número e em prestação. Segue-se um 2019 rumo ao país vizinho para consolidação dos conhecimentos e, desejamos, também da sorte. Mais perto de alternativa certa, e ainda que em Portugal pouco se tenha visto, Juanito assegura-se como o próximo matador português e em 2018 obteve importantes triunfos e pisou as maiores praças do país vizinho. Será Figura certamente, de casta portuguesa nunca esquecer! Filipe Martinho, aluno da Escola de Toureio e Tauromaquia da Moita, deu nas vistas em 2018 e garante-se certamente como uma promessa firme para 2019 no que ao estatuto de novilheiro diz respeito. 

    Na prata, tem-se sentido por parte de muitos uma interessante mudança na vontade de se “tourear”, ou melhor bregar, e não simplesmente lançar trapadas - ainda que haja quem continue a fazê-lo -, exemplo disso Nuno Oliveira, Manuel dos Santos “Becas”, António Telles Bastos, João Pedro “Açoriano”, entre outros.

    Também no tércio de bandarilhas temos cada vez mais um disposição dos nossos bandarilheiros para actuações de grande calibre que o diga o já 'veterano' nesta área Cláudio Miguel,  assim como João Ferreira, que tanto por cá como lá fora, dá nas vistas no momento de colocar os 'palos'.


    Registaram-se este ano duas despedidas de dois dos mais consolidados de prata, João Boieiro e Pedro Gonçalves.

    Uma coisa é certa para 2019, a abertura da Temporada em Mourão a 1 de Fevereiro, irá como sempre bafejar-nos com esta vertente do toureio e de boa qualidade!!