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    Artigo de Opinião: "Respeito pela Tauromaquia"


    No meu entender é uma Festa que pode estar em crescendo, desde que seja transmitida pela via da cultura, é uma arte antes mesmo de ser uma tradição. Nunca há-de ser uma festa de massas, pois requer uma sensibilidade apurada para a saber apreciar
    Dr. Joaquim Grave
    Jornal Vida Ribatejana – 10.02.2010


    Na imagem, António Costa numa barreira do Campo Pequeno e assistindo a uma tourada ao lado do excelente aficionado Elísio Santos Summavielle que certamente lhe terá explicado o que se estava passando na arena.

    Claro que não basta ver, para se gostar da Festa Brava é necessário “sensibilidade apurada” e isso não se ensina, é uma questão de alma. Para a entender já dá mais trabalho. Um trabalho constante de leitura de livros, revistas e jornais taurinos; de tertúlia, ouvindo atentamente o que os aficionados dizem; assistir a corridas de toiros e ler as opiniões dos críticos, etc.

    Num país onde a tourada remonta a tempos imemoriais, onde o toureio “é uma arte antes mesmo de ser tradição” os seus governantes devem ter o respeito por um espectáculo que é uma manifestação cultural dos povos da Península Ibérica.

    Mas nem todos assim pensam e o actual primeiro-ministro António Costa defende agora que sejam as autarquias a decidir proibir ou não as touradas.

    Graves estas posições aligeiradas de um responsável pelo Governo de Portugal. Sabendo-se que as Câmaras Municipais estão constantemente a mudar de cor política, não faz sentido que em tão curto espaço de tempo tenham o poder que lhes permita mandar encerrar e destruir as Praças de Toiros, como actualmente acontece com a maioria PPD/PSD da Póvoa de Varzim e seguidamente uma outra maioria tentar refazer o que outros desfizeram.

    Também parece grave o primeiro-ministro – em carta de resposta a Manuel Alegre – ficar “chocado” por o serviço público de televisão transmitir em directo algumas touradas, porque sendo um espectáculo que não pode ser barato muitos portugueses apesar de gostar de ver, tal não o podem fazer por uma questão económica.

    Nem todos podem comprar o bilhete de ingresso numa Praça de Toiros e muito menos assistir numa barreira ao seu espectáculo preferido.


    Por: Manuel Peralta Godinho e Cunha
    Saiba mais do autor em www.godinhoecunha.blogs.sapo.pt
    Fotografia: DR