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    Crónica das Caldas: "Pouco sumo na 1ª Corrida dos Agricultores do Oeste"


    Feito que está mais um festejo desta temporada 2018, que agora está a dar os seu últimos cartuchos, marquei presença na praça de toiros das caldas par amais um das centenas de festejos desta temporada.

    Como intervenientes desde logo seis cavaleiros e um cavaleiro amador, Luís Rouxinol, Ana Batista, Manuel Telles Bastos, Marcelo Mendes, Luís Rouxinol Jr, David Gomes e António Ribeiro Telles (filho), que mediram forças com seis imponentes toiros das ganadarias Charrua e Prudêncio, e também a presença dos grupos de Forcados de Coruche e Caldas da Rainha.

    Contudo deste espectáculo tirámos pouco sumo. Houve Tauromaquia, houve emoção mas soube a pouco...

    Mas abordando as respectivas lides, iniciamos o nosso roteiro pelo espectáculo por Luís Rouxinol, que andou bem nos compridos e assertivo nos curtos, perante um toiro da ganadaria Prudêncio, pouco cooperante e a criar entraves à lide. Ainda assim, Luís Rouxinol desenhou bonitas sortes com auxilio de uma das estrelas da sua quadra o cavalo Douro, tendo o seu 3.º curto e respectivo par de bandarilhas ter sido de boa nota.  Este exemplar da ganadaria Prudêncio, viu saltar à praça e citar-lhe o forcado António Tomás tendo este consumado a pega á primeira tentativa numa viagem dura e de muito querer devido à investida rápida e desconcertante do toiro que traiu o grupo.

    Ana Batista andou confiante, bem montada e sem invenções. No que respeita aos compridos andou regular seguindo para os curtos onde cravou de alto a baixo e com exímia classe a cavalo. Por intermédio dos amadores das Caldas, pegou o forcado António Cunha à segunda tentativa.

    O terceiro da tarde foi lidado por Manuel Telles Bastos que andou a gosto nesta tarde. Cravou os compridos da sua actuação de forma correcta, passando para uma série de curtos de alto a baixo e ao estribo que enchem o peito a qualquer aficionado do tradicional. Cumpriu a pega deste deste toiro, e pelos Amadores de Coruche e à 2.ª tentativa, o forcado Roberto Graça.

    Marcelo Mendes abriu a segunda parte do espectáculo, e quando tudo parecia propício a que continuasse a ser uma tarde de tonalidade positiva, eis que, o toiro se inutiliza com a colocação da ferragem comprida. E apesar de Marcelo ter insistido ainda em alguma tentativa de desenho de sortes, os aficionados e o director de corrida auxiliado pelo veterinário não permitiram a continuação da lide ao cavaleiro nem aos forcados.

    Procurando esquecer o acontecido, nada como ver em praça uma das revelações ou afirmações da temporada, falo de Luís Rouxinol Jr.. O cavaleiro mais novo da casa Rouxinol teve o toiro mais pesado da corrida com 680 kg, da ganadaria Charrua, e que saiu à praça sem maldade mas cooperante. Durante a sua lide, Luís Rouxinol Jr. andou regular, aproveitando a imponência do toiro para adornos bonitos, com temple e a chegar ao público com bregas ajustadas e assertivas e ferros a entrar de fronte com o toiro. Nota para um muito bom par de bandarilhas, seguido de um violino que colocou a cereja no topo do bolo. Pelos Amadores de Coruche, pegou o forcado Fábio Casinhas,  dobrado à 3.ª tentativa pelo experiente Pedro Coelho que consumou à sua 2.ª tentativa.

    O cavaleiro David Gomes desenhou sortes de muito boa nota cravando com reuniões ajustadas após batidas ao pitón contrário montando o cavalo Campo Pequeno. Cravou dois curtos de muito boa nota numa actuação rematada com um bonito violino. A pega foi efectuada ao 2.º intento pelo forcado Lourenço Palha dos Amadores das Caldas da Rainha.

    Encerrou o espectáculo, o ainda cavaleiro amador, António Telles (filho). António andou bem com um novilho de Passanha que serviu. O ginete da torrinha transpira classicismo por todos os poros com uma lide onde se destacou o 2.º e 4.º curtos que foram de muito boa nota. Finalizando o espectáculo no sector das ramagens, pegou pelos Amadores das Caldas, o Forcado Duarte Manuel à primeira tentativa.

    A praça registou cerca de meia casa forte numa corrida onde ainda há a ressalvar a agradável prestação da banda que transmite tão mais emoção a todo o espectáculo, especialmente aquando da entoação do pasodoble “Manuel dos Santos” uma das lendas do toureiro em português com grande ligação a esta praça.

    Este é o roteiro de mais um tarde de toiros, obrigado pela preferência e Viva a Tauromaquia.

    Por: Francisco Potier Dias