Um tem mais prémios, mais
campeonatos, o outro quase sempre aparece na luta para os disputar mas tem
menos idas à ‘Champions’, ainda assim
não deixam de ser dois ‘grandes’, dos que geram interesse e por isso,
lembrou-se alguém de lhes criar um ‘derby’.
Luís Rouxinol e Vítor Ribeiro
defrontaram-se na tarde desta sexta-feira num “mano-a-mano” no Coliseu do Redondo. Resultado final:
tal como o Benfica-Sporting do passado 25 de Agosto, roçou a empate de ‘golos’.
Pois pese embora um deles ter apresentado argumentos mais consistentes, houve também
por parte do outro muita entrega face à matéria que teve pela frente. E o que
faltou nisto tudo? Toiro!
A pouca emoção e transmissão do
curro da ganadaria de Joaquim Brito Paes
foi uma das condicionantes deste espectáculo. Bem apresentados, ainda que
pequenos e de pouca força, saíram reservados, sem transmitirem, andando a passo,
empregando-se mais nos capotes do que nas montadas dos cavaleiros. Teve mais
nobreza e condições o lidado em sexto lugar.
Luís Rouxinol regressava às arenas depois de uma passagem forçada
de uma semana. Também (es)forçada pareceu a sua primeira actuação montando o
Girassol, e da qual pouco fica a registar além do primeiro e segundo curto. Já
no que foi o segundo do seu lote, e depois de eficiente nos compridos com o
Herói, foi com o Amoroso que andou num registo mais convincente nesta tarde, praticando um
toureio frontal, válido e sério, no qual também se ressalva a brega frente a um
toiro que para além de sonso procurava refúgio em tábuas. O público exigiu o
par de bandarilhas que foi cravado com decisão. Frente ao quinto da ordem, assegurou
o triunfo com o Douro e a sua brega ajustada, pondo na arena a emoção que não punha
o toiro. Rematou actuação com um palmito e um par de boa nota que levantou o
Coliseu.
Vítor Ribeiro é também ele um ‘regressado’ esta temporada depois de
dois anos ausente das arenas e teve no Coliseu do Redondo mais vontade que
possibilidades. Viu-se com melhores intenções no que foi primeiro do seu lote e
montando o Jesuíta, com abordagens rectas, bons ferros e a manter ligação
perante uma rês que faltava nas reuniões mas perseguia melhor após a ferragem.
No terceiro da ordem, um manso que não dava um passo, houve mérito do cavaleiro
que, montando o Zeus, pôs a carne no assador para conseguir deixar os ferros.
No último da corrida andou voluntarioso mas mais inconstante. Com o Guerrita
nem sempre se viu ajustado nas reuniões. Cingido resultou o quarto ferro,
montando o Herodes e indo acima do toiro, o que também lhe garantiu um toque na
montada, sendo limpa a sorte no quinto ferro com o qual encerrou a sua passagem
por este tauródromo alentejano.
Para as pegas três Grupos
alentejanos em praça.
Pelos Amadores de Portalegre pegou Fábio Mourato que se fechou à barbela e
consumou sem problemas à primeira; e Marco Raimundo também bem à primeira.
Pelo Grupo do Redondo, Jorge Gato efectivou à primeira sem problemas; e
Luís Feiteirona também à primeira com o toiro a arrancar-se pronto mesmo antes
do cite do forcado, levando-o até tábuas onde se consumou a pega.
Pelos Amadores de Beja pegou Mauro Lança que depois de um primeiro
intento em que a reunião não foi correcta, concretizou uma boa pega à segunda;
e Francisco Patanita à primeira numa pega rija.
Dirigiu a corrida o sr. Agostinho
Borges, numa tarde em que o coliseu redondense reuniu cerca de ¾ de casa.
Patrícia Sardinha
