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    Crónica da Corrida na Póvoa de Varzim: "Pela Liberdade!"


    Três quartos de casa forte foi a entrada na noite fria que decorreu na Póvoa de Varzim.

    Mas se fria era a noite, bem quente foi a afición desta gente, que disse como sempre: Presente!

    Deu início ao festejo, o cavaleiro Luís Rouxinol perante um exemplar de Santos Silva com 480 kg, de pouca cara e que perseguiu com pata. O resto foi o habitual! Rouxinol respeitou, desfrutou e brindou o público com uma grande actuação, em que mais uma vez os curtos montando o Douro chegaram ao público.

    Pega ao 3º intento pelos Amadores do Montijo e com ajudas carregadíssimas, por Isidoro Cirne. Uma pega dura, com o toiro a bater e a investir de largo ao forcado que viu ainda com a dificuldade da rês ter pouca cara.

    A lide de Sónia Matias ao segundo da noite, foi num de menos a mais... Terminou bem a sua lide, que teve transmissão nas bancadas e na qual a cavaleira com esforço deu volta a um exemplar manso. 

    A primeira pega pelo grupo de Coruche, coube a um dos Forcados da temporada, seu nome João Prates. Perante um Santos Silva de 490 kg que se arrancou com o forcado a meia praça, realizou uma pega vistosa, confirmando a técnica e o bom momento do forcado.

    Seguiu-se a actuação de Filipe Gonçalves, que arrancou nesta noite fria um triunfo e uma actuação quente e de brinde ao público. Enfrentou um exemplar de Santos Silva com 470 kg, o de melhores condições da noite. O cavaleiro cravou ferros de querer e vontade que agradaram ao público, com uma actuação vistosa assente nos quiebros.

    Para a cara do terceiro toiro, esteve novamente em praça os amadores do Montijo, numa pega dura, num toiro a romper o grupo, sendo consumada à 4ª tentativa pelo forcado Rúben Prata.

    A Manuel Telles Bastos coube-lhe o quarto toiro da noite com 470 kg com uma actuação de classicismo e bem tourear. Confesso que é por lides destas que a Tauromaquia nunca irá acabar, simples e eficaz... Enfim, sou um "tradicionalista".

    Para a pega, o forcado António Tomás dos Amadores de Coruche que consumou à 5ª tentativa, a sesgo, com o toiro áspero e com uma mangada pós reunião fortíssima.

    O quinto toiro com 465 kg, coube a Marcos Bastinhas que teve passagem discreta pela Póvoa, frente a um toiro que inclusive saltou trincheira.
    Pelos Amadores do Montijo, concluiu o forcado João Pedro Suíssas, que terminou a pega ao sexto intento, depois de uma luta dura com o seu oponente.

    Quando se aproximava o fim do festejo, faltava entrar em praça o mais jovem ginete de Pegões, que viu o seu pai abrir o festejo e a si o dever de o encerrar. E com este mote de encerrar o festejo e ser o último cavaleiro a desfrutar nesta praça, Luís Rouxinol Jr. não deixou créditos por mãos alheias. Enfrentou-se com mais um exemplar Santos Silva de 465 kg, e diga-se que Rouxinol Jr. entra em praça e só vendo... Cravou o primeiro comprido em sorte gaiola, para nos curtos reunir bem e a ferrar de alto a baixo, terminando com a cereja, aliás desculpem, com o violino em cima do bolo de elevadíssima nota. Maduro, a desfrutar, ferros en su sítio, com um toiro cooperante, Rouxinol Jr. montando o Girassol, armou taco e confirmou o grande momento que vive, contra tudo e contra todos os arautos da desgraça e velhos do Restelo. 

    Fechou a noite na secção das ramagens o cabo da formação coruchense, José Macedo Tomás que fez um brinde emotivo dirigido ao público sobre o ataque que está a ser feito à liberdade cultural dos mesmos. Pega rija, consumada à 5 tentativa... Que dureza, José!

    Cumpre dar nota, que apresentaram-se em praça os amadores de Coruche de gravata preta, de luto, pela democracia na Póvoa.

    E agora, Pela Liberdade, esperemos que para o ano hajam mais corridas...na Póvoa!!

    Francisco Potier Dias