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    Mourão: Está inaugurada a Temporada 2018


    A tradição cumpriu-se.

    A vila alentejana de Mourão inaugurou a Temporada Taurina com o primeiro festejo por ocasião das Festas em Honra de Nª Srª das Candeias.

    Também o frio, e que grande foi ele, marcou costumeira presença não sendo ainda assim impeditivo para que a bonita Praça de Toiros Dr. Libânio Esquível se enchesse de aficionados locais mas também de fora, inclusive do país vizinho. Sinal de que o(s) festejo(s) de Mourão conseguiram um lugar no calendário, sendo já uma referência no panorama taurino.

    Na arena, sentiu-se por vezes o que é consequência da precocidade da abertura da época, tanto nos jovens artistas como até nos animais.

    Lidaram-se novilhos da ganadaria Calejo Pires, todos marcados com o algarismo 6, de desigual presença e comportamento, escassos de força, com melhores condições o segundo do lote.

    Na lide equestre, foi Francisco Palha quem abriu praça frente a um novilho reservado, que esperava muito, com a actuação a resultar intermitente e com alguns toques nas montadas pese embora o empenho do cavaleiro. Saliente-se o último ferro que cravou, com Palha a encastar-se e a ir acima do novilho para o deixar.

    O praticante David Gomes beneficiou das boas condições do seu novilho mas também da qualidade do “Campo Pequeno”, a quem as dimensões da arena não fizeram diferença para levar empregue o novilho em ladeios e com isso “aqueceu” os tendidos, cumprindo regular com a ferragem.
    Nas pegas, e pelos Amadores de Santarém, pegou o estreante Francisco Paulos à primeira e sem problemas; e Bernardo Bento, que após ver o novilho arrancar-se pronto não permitiu eficaz reunião, concretizou à segunda.

    A pé, o matador francês Juan Leal teve pela frente um novilho com alguma nobreza, que evidenciou também o valor do toureiro, que se arriscou por várias vezes ao pitón, deixando-o roçar na taleguilla. Com a flanela nem sempre houve ajuste nem temple nas tandas iniciais, e também o vento aparecia a descompor, mas foi-se compondo o toureiro que arrimado, protagonizou bons momentos de toureio, sendo senhor de uma segurança, fruto também da experiência que leva, face aos alternantes.

    O novilheiro português Joaquim Ribeiro “Cuqui” teve pela frente um animal custoso de se fixar, com o qual andou pouco confiado, e a quem acabou por dar distâncias, logrando sacar a espaços alguns passes mais consistentes.

    Disposto a dar tudo surgiu João d’Alva e com isso por vezes, também surge a impaciência, revelando-se na arena como alguma “celeridade”. Assentou os joelhos no chão, quer de capote quer na muleta, fazendo-se vistoso e arrimado nas sortes, assim como nas bandarilhas onde foi artista. O seu novilho tinha investida pronta mas humilhava pouco, e foi um animal com sentido, procurando o toureiro, sendo necessário por isso atenção redobrada. Foi acima de tudo uma faena de atitude por parte de João d’Alva.

    Da vizinha Villanueva del Fresno, veio Manuel Perera, que promete. Basta ver os modos como se apresenta em praça e os pormenores de um toureio que tem fundamento. Uns pés fixos e uma mão baixa, fazem muita diferença. Nem sempre o novilho se permitia a um toureio lento, com pouca classe nas investidas mas o jovem espanhol não desarmou e logrou entende-lo e sacar bons muletazos.

    O espectáculo decorreu com ritmo, ambiente apesar do imenso frio, e foi dirigido sem problemas pelo sr. Agostinho Borges, assessorado pelo veterinário Matias Guilherme.

    Mourão será novamente anfitriã do segundo espectáculo da temporada, já no próximo domingo, 4 de Fevereiro, com um cartel de matadores. Que esteja menos frio… 



    Por: Patrícia Sardinha