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    O Toiro de Sevilha: Garantias, tipo e o que se quer... Ou o que querem


    A estirpe não é de hoje nem de ontem, e ainda que alterações se tenham verificado, continua a existir o Toiro de Sevilha, o el toro que gusta en Sevilla.
    Na edição 2.040, lançada a 31 de Outubro de 2016, a revista espanhola AplausoS publicou um artigo onde se abordava o capítulo ganadero na temporada transacta. Entre outras referências, destacava-se a lo más alto 'el Toro de Sevilla', que segundo o articulista Barquerito 'En abril, y en el escaparate de Sevilla, se vende el toro como una escogida pieza de seda virginal. Parece, en general, el toro hecho a mano y a conciencia. Recién salido del tinte pero no del nido.'  Como a opinião é algo de caracteres muito íntimo e próprios, não poderia estar mais em desacordo com o referenciado. Não porque seja desajustado caracterizar assim a utopia com que o autor caracteriza o toiro que se ambiciona em Sevilha, mas porque na realidade, todas as condicionantes que implica cada cartel ali montado, façam que não passe disso mesmo: utopia.

    De máxima expectação, de máxima desilusão. As datas chaves têm o condão de raramente se desviarem deste chavão. Tal como no Domingo de Ressurrección (Em Sevilha, e pode incluir-se Madrid nesta data), esta quinta-feira de Pré-feira resultou numa frustrante e decepcionante prova de quem manda. E manda mal. Desvirtua a festa, desvirtua a afición e desvirtua tudo o que devia representar Sevilha. 
    Nada nem ninguém pode antever o comportamento de um animal, mas antes de tudo deve-se garantir que o mesmo tem condições e poderá ter capacidade para investir, consoante a sua morfologia lhe permitir. e é neste ponto que está a falhar Sevilha. 
    A corrida de 16 de Abril, segundo me confidenciam fontes próximas ao ganadero, foi escolhida tendo em conta as reatas que melhor têm ligado em El Grullo. Desvirtuou-se o tipo, e as hechuras dos Cuvillos deixaram tanto a desejar como o comportamento posteriormente revelado;
    Dia 23 de Abril lidaram-se toiros de Fuente Ymbro, de pesos equiparados, sem exageros. Longe de ser uma corrida brava, houve maior condição por parte dos toiros. E comparem-na de hechuras com os de 16...
    Ontem saiu uma corrida séria de Torrestrella. A maioria com caras torerísimas, com bom tipo e um pelín  pesada para o esqueleto dos toiros, que contundo, não revelaram entraves na hora de movimentar-se.
    Voltámos hoje às figuras. Garcigrande - uma das ganadarias que deu mau jogo em 2016 na Maestranza (mas mesmo assim repetiu, tal como Juan Pedro, Jandilla e Daniel Ruíz). Para esta analogia trago um depoimento de Morante da temporada passada, creio que numa corrida televisionada no Puerto de Santa María. Recordo que o toureiro de la Puebla disse que o Toiro grandón e sem hechuras não lhe servia. Que hoje em dia se estava a lidar um toiro grande em demasia e que estava vocacionada para toureiros de técnica e pouca expressão artística. Curioso o mesmo Morante apresentar-se hoje com uma corrida daquelas que ele referiu não fazerem falta... Na sua maneira, despachou os dois do seu lote, o segundo tinha teclas que ficaram por tocar e descobrir. Para além de não dizerem nada pela frente, e do paupérrimo conteúdo que tinham, mesmo que houvesse vontade, pouca permissão havia por parte de troncos exagerados em volume e peso. A corrida era baixa, mas muito larga, todos com um aspecto acochinado e de novo um no hay billetes a esfumar-se em nada.
    Toiros de garantias? Ganadarias que suelen embestir? Sim... Quero ver quem se apunta para o ano aos Torrestrellas. Não vejo nenhuma figura no sábado... 
    Pela lógica... 


    El Juli esteve toureiro com o capote, mas nada mais. Nota-se a madurez do toureiro, mas Sevilha jaleó em demasia com o madrileño. Perna de saída sempre escondida, pico a levar o toiro sempre hacia fuera, e lá foi durando... Matou com impacto, realizando a sorte como de costume e passeou um  troféu. (Silêncio e Orelha)

    A Talavante senti que a afición lhe mediu muito no primeiro, que tinha movimentos dentro das suas limitações. Não houve conexão, mas aqui e ali apontou coisas que poucos viram. (Silêncio e Silêncio)

    Há que mudar muita coisa...