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    Crónica da Corrida Mista da Moita - Destacou-se 'El Fandi'...



    A corrida mista da Feira da Moita teve momentos altos, nomeadamente a primeira lide de El Fandi, o toiro que lhe proporcionou esses êxito e as duas pegas do Amadores da Moita e alguns para esquecer, como os tércios de bandarilhas da quadrilha de El Juanito e o toiro que lhe saiu em último lugar, sempre a fugir, correndo mas sem recorrido, desligado a cada lance ou a cada passe; sem lide mesmo.

    O espectáculo foi dirigido pelo senhor Rogério Jóia assessorado pelo médico veterinário Dr. Miguel Matias, abrilhantado pela Banda Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 de Alcochete e uma assistência de perto de meia casa.

    Os toiros de Paulo Caetano estiveram em planos diversos, os da lide a cavalo cumpridores e a transmitirem, o primeiro de El Fandi muito bom, valendo uma volta à arena ao ganadero e o último de El Juanito que não se deixava tourear, desligando-se a cada passe.

    Abriu praça João Telles Jr. cumpriu nos compridos com sortes à tira, nos curtos esteve regular terminando a lide com um palmito. No seu segundo, cuja lide foi brindada a um dos seus peões de brega a o seu labor foi mais vistoso e variado. O toiro perseguiu com vontade, cravou dois compridos correctos mas foi nos curtos que mais se luziu com sortes ao piton contrário, citando em curto e dando a primazia à investida do toiro. Esteve bem sem deslumbrar.

    El Fandi recebeu o hastado que lhe coube em sorte com uma larga afarolada de joelhos em terra, onde ouviu os primeiros olés, depois continuou lanceando à verónica rematando com meia.
    Ao quite saiu El Juanito por tafarellas, respondeu El Fandi por chiquelinas.
    No tércio de bandarilha, onde este matador é mestre, cravou três parares de bandarilhas, sendo o último em sorte de violino.
    Na muleta viu-se um toureio simples, sem rodriguinhos, mas com arte e profundidade por ambos os lados rodando bem o pulso e com o toiro bem embebido nos trastes. Toureou onde quis e como quis com um toiro que estava ali para lhe dar êxito não lhe tendo o público regateado aplausos.
    O toiro foi aplaudido na recolha aos currais.
    No seu segundo as coisas já não correram tão bem, o toiro já não era tão colaborante, mas foi recebido com duas largas afaroladas de joelhos no chão depois parou-o com verónicas bem remadas.
    Ao quite saiu El Juanito por Zampopinas algo atrapalhadas de início, melhores as últimas.
    El Fandi respondeu com lances variados e vistosos.
    Nas bandarilhas o maestro cravou dois pares de poder a poder e mais dois, um em sorte de violino e outro era para ser no ressalto mas o toiro saiu desligado e perdeu-se o efeito mas cravou como mandam as regras.
    Na muleta viu-se acima de tudo o profissional. O toiro era mais difícil, não colaborava, desligava-se, outras vezes não ia até ao fim dos passes, não era um toiro para brilhar mas dava para ver até onde ia o profissionalismo do matador e viu-se. Lutou como um novilheiro que procura oportunidades, não desarmou e levou a lide até ao fim terminando com um desplante. Um olé para maestro Fandi.

    El Juanito, novilheiro com picadores, que por terras de Espanha tem arrecadado experiência e êxitos, veio mostrar à Moita o que por lá tem aprendido e tem aprendido muito pelo que se viu. Recebeu o primeiro oponente lanceando à verónica, jogando bem os braços e dando comprimento aos lances de capote.
    Ao quite saiu El Fandi por Zampopinas bonitas que o público gostou.
    El Juanito respondeu por chiquelinas e tafarellas.
    As bandarilhas a cargo da quadrilha do novilheiro, se exceptuarmos o primeiro par foi pouco menos que um desastre.
    Com a muleta viram-se várias séries por ambos os lados, com passes bem ligados e com alguma profundidade rematados ora com passes de peito ora com molinetes. Foi uma lide agradável. Merece ser visto.
    No seu segundo, também foi recebido à verónica mas logo aí saía desligado e não houve meio de o fazer repetir.
    O maestro nem saiu ao quite apenas se viu na arena como director de lide tentando por alguma ordem num tércio de bandarilhas absolutamente caótico, mas nem ele conseguiu que os executantes fizessem o que tinham a fazer com algum acerto. Apenas dois meios pares colocados e a fugir.
    A muleta veio ainda destapar mais as fracas qualidades do toiro. O novilheiro deu tudo o que tinha e o que sabia mas nada consegui contra a vontade do hastado que fugia a “sete patas” após cada passe, foram raros os passes encadeados tendo por fim logrado algumas manuletinas e pouco mais. 
    O artista que bem tentou “tirar água dum poço seco” merecia mais sorte e merece mais oportunidades.

    Para pegar os toiros da lide a cavalo estavam os Forcados Amadores da Moita. Duas pegas bem feitas e de bonito efeito dado que os toiros respondia prontos aos cites e depois de sentirem o forcado da cara levantavam a cabeça e seguiam praça fora ao encontro do grupo que em ambos os casos conseguiu sem dificuldade resolver a questão. As pegas foram ambas ao primeiro intento e concretizadas respectivamente por Fábio Silva Nuno e Santos.
    Pedro Raposo, cabo do grupo deve ter ficado satisfeito com a exibição dos seus rapazes.
    A todos os intervenientes foram concedidas voltas à arena tendo também sido distinguido com uma volta o ganadero, Paulo Caetano, no segundo toiro da corrida, primeiro de El Fandi.