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    Roca Rey ao Naturales: 'A cada tarde que saio à praça, a intenção é emocionar toda a gente!'


    Andrés Roca Rey. Natural de Lima, Perú. Nascido a 21 de Outubro de 1996.

    A história de um ‘Rey’ é algo que se confunde com a história de todos nós. Algo que detém um poder de repercussão incrível, algo que transparece de maneira peremptória. Viver em glória. Viver em ambição, decisão, determinação e querer. Viver em sonho. Viver o sonho. 

    É nesta fase que se encontra a carreira do mais mediático matador de toiros da atualidade: Andrés Roca Rey.

    Em retrospetiva, e analisando detalhadamente cada pincelada do caminho até aqui percorrido, estamos perante um caso único, daqueles que só de ‘muitos em muitos’ anos sucedem. Daqueles que antes de soarem os clarines y timbales nos causam o burburinho, daqueles que quando a Porta dos Sonhos (Grande) se abre nos transportam a outros horizontes, outro mundo, outros sentimentos. E, tarde após tarde, damo-nos conta que o déja vú reflete em nós. Saímos loucos pelas ruas, gritamos, lacrimejamos, agradecemos. A maior grandeza do toureio está aqui. Nos detalhes, nos momentos, nas certezas. 

    Andrés Roca Rey, está a viver um sonho. O sonho. Profissionalizou-se em setembro passado, na mítica Arènes de Nîmes (França), tendo como padrinho Enrique Ponce e Juan Bautista como testemunha, perante toiros de Victoriano del Río e Juan Pedro Domecq, cortando duas orelhas e saindo a ombros num dos dias mais importantes da sua carreira.

    Desde então, a ascensão do jovem Roca tem sido brutalmente inacreditável. Já apelidado de ‘Huracán Roca’ (Furacão Roca), a impactante dimensão que a sua alma toureira detém, fazem-no estar num patamar de nível altíssimo, de trono de ouro e futuro assegurado e expectante. No início de temporada, e com pouco tempo de alternativa, enfrentou-se com as ‘figuras’, os de topo, os consagrados; A campanha americana foi um sucesso, antevendo a passagem do ‘furacão’ em terras ibéricas; Em Olivenza foi arrasador; Nas fallas, agigantou-se a Talavante; Em Nîmes, superiorizou-se ao monstruo Juli; Em Sevilha, e no meio de tanta fidalguia, patenteou o pundonor e toureio que leva dentro; Em Madrid, e na sua confirmação de alternativa, saiu bradando aos céus, conquistando tudo e todos; Pamplona acabou por ser só mais uma prova do poderio glorioso de Roca Rey. Desde o dia 19 de setembro de 2015 (data em que se doutorou), conta com 58 espetáculos, mais de 100 orelhas, 6 rabos, mais de 30 Portas Grandes… 


    Em tempos difíceis, tão danificada vai a nossa festa, sem um motivo que nos faça acreditar (já só peço que alguém crie ilusão, porque consagrações o tempo trará(?), quase sem força para resistir ao que têm feito em prol do ‘anti-toureio a pé’, eis que surge uma notícia bombástica, avançada por um novel empresário e que suscitou em pouco tempo, toda a esperança, ilusão e romantismo que deve caracterizar a Festa dos Toiros. Roca Rey estava anunciado para debutar em Portugal. Pela mão de Rafael Vilhais, o jovem peruano foi acartelado em Salvaterra de Magos, 29 de Julho, com Rui Fernandes e Ana Batista. Amadores de Montemor e Alcochete. Seis Murteira Grave. Um sonho desde o início. 


    O NATURALES, e em tempo de comemoração do seu 15º Aniverário, esteve à conversa com o jovem matador, agora radicado em Espanha e cuja preparação (psicológica e fisicamente) é intensa, de modo a poder responder de forma estável e efetiva a todos os desígnios que a sua intensa temporada impõe.

    Embalado pelos triunfos em Pamplona (com corridas de Fuente Ymbro e Cuvillo), e moralizado para os desafios futuros, Roca Rey admite atravessar um dos mais gloriosos e satisfatórios períodos da sua carreira ‘Estou num momento em que há que aproveitar as oportunidades que se estão apresentando, e que tarde após tarde há que ambicionar triunfar, para não deixar escapar o momento. A cada dia que passa desfruto mais da minha profissão e tento outorgar o meu melhor ao aficionado e público que vai à praça.’


    O primeiro ano de alternativa tem sido alucinante, decorrendo de maneira lúcida e categórica, reunindo consenso e unanimidade por parte de todos, algo com que concorda o toureiro. Pelas dificuldades e exigência de entrar nos grandes cartéis e pelo sabor que está a ter, o toureiro afirma ‘É uma progressão contínua desde que logrei o sonho de ser figura do toureio. Pela responsabilidade de estar apresentado nas grandes feiras, e em cartéis importantes, para além de ser a minha primeira temporada como matador, creio que posso dizer que é a temporada mais importante da minha carreira.’

    Quando questionado pela maneira como via o toureio em Portugal e a suas condições referiu que ‘Em Portugal há uma grande afición ao mundo dos toiros’ e que ‘Para mim é muito bonito poder fazer o meu debute como matador neste país no dia 29.’

    O seu nome nos cartéis é sinónimo de uma panóplia de atributos que despertam interesse ao público e ao aficionado mais exigente a ir à praça: intercala o riesgo e a emoção, que fazem suspirar fundo; com momentos em que a classe, a profundidade e temple se convergem para criar a arte, a estética, a beleza. ‘É algo muito bonito e ilusionante, que a afición aguarde o meu nome nos cartéis, que anseiem por datas para me poderem ver tourear.’ Revela que ‘Sem dúvida que é uma responsabilidade, mas a cada tarde saio à praça, a intenção é emocionar toda a gente e que desfrutem de algo tão bonito como a festa dos toiros.’


    A ilusão no seu debute em Portugal aumenta no seio da afición quando se revela a ganadaria com que Roca Rey actuará em Salvaterra. Seis toiros de Murteira Grave, divisa histórica do campo bravo Português, com um percurso meritório e notável, alcançado vários prémios em feiras como San Isidro (Madrid) ou San Fermín (Pamplona). ‘É uma ganadaria importante em Portugal, com provas dadas e uma história que fala por si só. Estou seguro que no dia 29 vamos desfrutar de uma grande noite de toiros.’

    ‘Estou muito ilusionado e com muitas ganas de fazer o meu debute como matador em Portugal. No próximo dia 29, espero-vos a todos em Salvaterra de Magos. Un saludo.’

    Faltam cinco dias

    Dia 29 chegará num abrir e fechar de olhos. 

    E finalmente, ‘Huracán Roca’ poderá trazer a magia, o risco e a emoção, que conjugados, certamente rebentarão com Salvaterra… 

    Oxalá assim seja!