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    Calor, Casa Cheia e Rouxinol Jr. marcaram a corrida na Póvoa de S. Miguel


    Praça cheia e um calor intenso aquele que se viveu na praça de toiros da Póvoa de S. Miguel na tarde do último sábado de Setembro.

    Lidaram-se reses de várias ganadarias de desigual comportamento e jogo.

    Abriu festejo o cavaleiro Luís Rouxinol frente ao toiro de Silva Herculano, rês com alguma presença quando comparado com o restante curro, no entanto manso, reservado mas por vezes com arreões, adiantando-se ligeiramente e também muito condicionado pelo calor que se fez sentir. Rouxinol desenvolveu uma lide regular, andando voluntarioso e cumprindo com a ferragem da ordem, tendo no entanto consentindo alguns toques nas montadas.

    Já no que foi segundo do seu lote a actuação teve outro calibre. Luís Rouxinol andou com maior segurança e mais disposto frente ao de Jorge Mendes, animal pequeno de tipo, distraído mas que Rouxinol fez por manter sempre empregue nos cavalos administrando a cumpridora brega à qual o toiro acabou por corresponder. Com a Viajante deixou os melhores ferros da sua passagem pela Póvoa, aguentando a pouca distância do oponente, para lhe ir acima deixar a ferragem, levando depois o toiro a perseguir. Rematou ofício com um bom par de bandarilhas exigido pela assistência seguido de um palmito.

    Tito Semedo lidou em primeiro lugar um toiro da ganadaria Prudêncio, de córnea alta e aberta, que inicialmente parecia mais interessado nas tábuas que no cavaleiro, revelando-se depois um animal de boas condições. Tito cumpriu com os ferros da ordem, denotando bons momentos de brega, instigando o toiro a sair de alguma querença. 

    Mais irregular andou no que foi sobrero, outro Prudêncio, depois do de António Silva ter saído condicionado. Tito começou por esperar o oponente à porta gaiola, levando-o depois em boa brega, com o animal, pequenote, a corresponder. Nos curtos, consentiu demasiadas passagens em falso, levando ainda um toque na montada que também não se demonstrou voluntariosa. O toiro teve boas condições, inclusive arrancou-se por diversas vezes ao cite do cavaleiro no entanto, e para registo, fica-nos um bom palmito com que terminou função.


    O mais jovem da terna, Luís Rouxinol Jr., enfrentou como primeiro do seu lote, o mais complicado da tarde. Um toiro de Cunhal Patrício, bonito, de córnea alta mas uma verdadeira fera no capote dos bandarilheiros, animal para comer tudo e todos. Já no cavalo, fechou-se sempre em tábuas e foi inclusive essa característica que enalteceu as boas qualidades do jovem ginete. Cinco curtos entrando pelos terrenos do toiro adentro, com muito mérito e verdadeiramente bons os dois últimos. O público empolgou-se e reconheceu o esforço e labor de Rouxinol Jr., que provou uma vez mais que é toureiro capaz de todos os toiros. 

    Frente ao segundo do seu lote, um avacado de Paulino Cunha e Silva, que perseguia a passo sendo animal cómodo, a actuação foi cumpridora do princípio ao fim, com grande desembaraço e sentido de lide, evidenciando as boas capacidades das montadas para a brega e as dele como lidador. 

    Nas pegas, três Grupos de Forcados, os Amadores de Cascais, Redondo e Póvoa.

    Pelos de Cascais, Ventura Doroteia consumou à segunda tentativa e a sesgo, com o toiro a defender-se e fechado em tábuas; e Carlos Dias à primeira numa pega sem problemas.

    Pelos do Redondo, Bruno Silva efectivou bem à primeira; e José Manuel à segunda tentativa, depois de ter sido despejado no primeiro intento.

    Pelo grupo da terra, os da Póvoa, José André dos Santos sofreu violento derrote, tal a feracidade com que o toiro se arrancou, saindo lesionado, sendo Marco Ramalho a dobrar, acabando por consumar bem, com o toiro ainda a levantá-lo mas a aguentar; na pega que fechou turno deste Grupo, Rúben Mestre concretizou à primeira uma boa pega aguentando a viagem até tábuas.

    Dirigiu a corrida sem complicações o sr. Tiago Tavares.


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    Texto e imagens por Patrícia Sardinha