2º Festival da Temporada/11
12 de Fevereiro, 2011
Dia de Pesca
A temporada 2011 em Portugal, com pouco mais de uma semana começa agora aos poucos a desfolhar-se em festivais e corridas, deixando-nos ainda na boca o sabor a verdura e motores em fase de aquecimento.
Depois de Mourão no passado dia 1, o segundo festival da temporada realizou-se no mesmo concelho, mas desta vez na aldeia da Granja. Perante uma bonita tarde de sol e uma praça quase cheia, lidaram-se novilhos de diferentes ganadarias, com comportamentos e apresentações variadas, pertencentes, e por esta ordem de lide, às ganadarias Cunhal Patrício (um dos novilhos desta ganadaria substituía o anunciado Ascenção Vaz), S. Martinho, Varela Crujo, Murteira Grave, Cunhal Patrício e Eng. Luís Rocha. Foram artistas nesta tarde os cavaleiros Luís Rouxinol, o rejoneador José Miguel Callejón, Vítor Ribeiro, Sónia Matias, o praticante Soller Garcia e Sofia Almeida que nesta tarde tirou a prova de praticante. E os grupos de Forcados Amadores de S. Manços, Moura e Monsaraz.
José Miguel Callejón teve em sorte um S. Martinho avacado, escasso de forças, apesar de voluntarioso. O espanhol acusou alguma irregularidade, com passagens em falso e alguns ferros passados, apesar de se mostrar arrimado e sem exageros dentro do estilo de rejoneio. Poderia ter sacado mais ao novilho.
Vítor Ribeiro lidou o novilho de Varela Crujo, bem apresentado apesar da córnea fechada, que no entanto foi mais reservado nas investidas, com algumas arrancadas bruscas tendo inclusive apanhado a montada do cavaleiro. Na ferragem Vítor esteve regular e disposto mas faltou um bocadinho mais de qualquer coisa.
João Soller Garcia lidou o único animal do festival com o 7 na espádua, também de Cunhal Patrício, de cara alta e investida irregular, por vezes adiantando-se ligeiramente. O jovem cavaleiro não teve uma tarde em que abonou de cabeça, sendo precipitado e por vezes abrindo demasiado as sortes, resultando a ferragem irregular. Salientar a humildade de Soller Garcia que não deu volta, apenas agradecendo do centro da arena.
Sofia Almeida escolheu o novilho de Eng. Luís Rocha para a sua prova de praticante porque era mais...bonito (quando parece que lhe tinha tocado o novilho do pitón baixo) e deu-se mal. Inicialmente a revelar-se querenciado, o novilho exigia e começou a apertar a cavaleira que na sua verdura, não entendeu o oponente. Demasiadas passagens, ferros falhados ou pescados, valeu a garra e a confiança que foi adquirindo com o decorrer da lide. Mas ainda há muito para praticar.
Para os moços das jaquetas de ramagens a tarde pareceu fácil, com as pegas todas à primeira. Pelo grupo de S. Manços pegaram João Fortunato e João Rocha; pelos de Moura, Francisco Rovisco e Gonçalo Caeiro; pelos de Monsaraz pegaram Ricardo Cardoso (com a que poderia ter sido a pega da tarde, não fosse parecer que acabou por sair da cara do novilho, apesar de recomposto e dada por consumada - fica a dúvida) e Nelson Campaniço.