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    Foto-reportagem Granja

    Por: Patrícia Sardinha

    GRANJA (MOURÃO)
    2º Festival da Temporada/11
    12 de Fevereiro, 2011

    Dia de Pesca

    A temporada 2011 em Portugal, com pouco mais de uma semana começa agora aos poucos a desfolhar-se em festivais e corridas, deixando-nos ainda na boca o sabor a verdura e motores em fase de aquecimento.
    Depois de Mourão no passado dia 1, o segundo festival da temporada realizou-se no mesmo concelho, mas desta vez na aldeia da Granja. Perante uma bonita tarde de sol e uma praça quase cheia, lidaram-se novilhos de diferentes ganadarias, com comportamentos e apresentações variadas, pertencentes, e por esta ordem de lide, às ganadarias Cunhal Patrício (um dos novilhos desta ganadaria substituía o anunciado Ascenção Vaz), S. Martinho, Varela Crujo, Murteira Grave, Cunhal Patrício e Eng. Luís Rocha. Foram artistas nesta tarde os cavaleiros Luís Rouxinol, o rejoneador José Miguel Callejón, Vítor Ribeiro, Sónia Matias, o praticante Soller Garcia e Sofia Almeida que nesta tarde tirou a prova de praticante. E os grupos de Forcados Amadores de S. Manços, Moura e Monsaraz.

    Luís Rouxinol lidou o primeiro da tarde, o novilho de Cunhal Patrício, feio de córnea, com um pitón mais baixo (seria este o sobrero no lugar do Ascenção Vaz?), mas que apesar da apresentação, se revelou um novilho colaborador, ainda que acusando alguma falta de forças. Rouxinol provou, que do lote de cavaleiros com quem partilhou cartel, era o mais rodado e que independentemente da temporada estar no inicio, meio ou fim, a disposição e entrega são as mesmas. Cumpriu com a ferragem e rematou com o seu habitual par de bandarilhas, seguido de um palmito quando o novilho já se esgotara.



    José Miguel Callejón teve em sorte um S. Martinho avacado, escasso de forças, apesar de voluntarioso. O espanhol acusou alguma irregularidade, com passagens em falso e alguns ferros passados, apesar de se mostrar arrimado e sem exageros dentro do estilo de rejoneio. Poderia ter sacado mais ao novilho.





    Vítor Ribeiro lidou o novilho de Varela Crujo, bem apresentado apesar da córnea fechada, que no entanto foi mais reservado nas investidas, com algumas arrancadas bruscas tendo inclusive apanhado a montada do cavaleiro. Na ferragem Vítor esteve regular e disposto mas faltou um bocadinho mais de qualquer coisa.





    A Sónia Matias calhou o novilho Murteira Grave, também ele de córnea fechada e baixa, que transmitia, no entanto foi subaproveitado. A cavaleira não se entendeu bem com ele e revelou alguma irregularidade na cravagem dos ferros. Mas a garra de Sónia Matias sobressaíu e conseguiu agradar as bancadas.







    João Soller Garcia lidou o único animal do festival com o 7 na espádua, também de Cunhal Patrício, de cara alta e investida irregular, por vezes adiantando-se ligeiramente. O jovem cavaleiro não teve uma tarde em que abonou de cabeça, sendo precipitado e por vezes abrindo demasiado as sortes, resultando a ferragem irregular. Salientar a humildade de Soller Garcia que não deu volta, apenas agradecendo do centro da arena.



    Sofia Almeida escolheu o novilho de Eng. Luís Rocha para a sua prova de praticante porque era mais...bonito (quando parece que lhe tinha tocado o novilho do pitón baixo) e deu-se mal. Inicialmente a revelar-se querenciado, o novilho exigia e começou a apertar a cavaleira que na sua verdura, não entendeu o oponente. Demasiadas passagens, ferros falhados ou pescados, valeu a garra e a confiança que foi adquirindo com o decorrer da lide. Mas ainda há muito para praticar.




    Para os moços das jaquetas de ramagens a tarde pareceu fácil, com as pegas todas à primeira. Pelo grupo de S. Manços pegaram João Fortunato e João Rocha; pelos de Moura, Francisco Rovisco e Gonçalo Caeiro; pelos de Monsaraz pegaram Ricardo Cardoso (com a que poderia ter sido a pega da tarde, não fosse parecer que acabou por sair da cara do novilho, apesar de recomposto e dada por consumada - fica a dúvida) e Nelson Campaniço.







    Dirigiu sem problemas António Garçoa, assessorado pelo Dr. João Infante, numa tarde onde para além da 'prova' de montadas (com algumas também a dificultarem o labor dos cavaleiros), se destacou a ferragem passada, pescada e...falhada. Mas vamos dar o desconto do início (ainda que a exigência deva ser praticada desde o 1º instante) e ter esperança que a temporada que agora se iniciou seja de qualidade em todos os aspectos, ganaderos, artistícos e de público.