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    Reportagem da Corrida em Forte da Casa

    Fotografia:
    Por: Pedro Batalha





    Crónica:
    No dia de Portugal, TELLES BASTOS à portuguesa
    Por: Patrícia Sardinha

    Depois de uma manhã em que o S. Pedro ainda molestou com alguns aguaceiros, o sol brilhou valente pela tarde em Forte da Casa (freguesia do concelho de Vila Franca de Xira) e permitiu que se enchesse cerca de meia casa da praça desmontável onde se realizou uma Corrida de Toiros mista.
    Lidaram-se quatro toiros de Oliveira Irmãos, aliás novilhos de três anos, o que é tolerável para a categoria da praça, mas não a grande escassez de peso e de forças para o cartel que se apresentava. Saíram ainda dois toiros de Palha, mais apresentável e com mais raça o segundo da tarde, com ar avacado e escorrido de carnes o lidado em quarto lugar.
    Ana Batista abriu a tarde frente ao novilho de Oliveira que saiu com muita pata apesar da pouca presença física. A cavaleira sentiu algumas dificuldades com a rês a adiantar-se acabando por efectuar uma lide irregular com algumas passagens em falso, ferros falhados ou traseiros. No segundo do seu lote, um Palha fora de tipo, cara alta, Ana tentou colocar mais disposição na actuação mas voltou a não estar a gosto, não permitindo às bancadas que pudessem realmente desfrutar do seu valor.
    Manuel Telles Bastos demonstrou em Forte da Casa porque é um dos mais fiéis promotores do verdadeiro conceito do toureio a cavalo à portuguesa. Primeiro frente ao melhor novilho da tarde, um Palha com raça, bastante colaborador que permitiu que o jovem cavaleiro se exibisse com bons ferros. Depois, frente ao Oliveira que lhe tocou em sorte, sentiu mais dificuldades com o animal ainda a apertá-lo nas tábuas, mas isto abafou-se pelos bons modos que apresenta, pela preparação das sortes, partindo de frente e cravando no sítio.
    As pegas estiveram a cargo do grupo de Vila Franca de Xira e do de Salvaterra. Pelo primeiro pegou Cristiano Veloso à primeira tentativa mas quase que lhe faltaram os braços e Rui Godinho também à primeira sem problemas. Já pelos de Salvaterra foram à cara Joaquim Consolado à primeira e com boas ajudas e Daniel Recatia também ao primeiro intento que se recompôs depois de reunir pendurado sobre o piton.
    O matador António João Ferreira teve pela frente dois novilhos de Oliveira Irmãos, perigosos, complicadíssimos, que não permitiram grande luzimento do jovem toureiro, mas também a pouca rodagem do português fez eco nas duas funções. Brilhou no seu primeiro com o tércio de bandarilhas, mas de flanela pouco fez. No seu segundo, que o procurava, só cravou um par e na muleta andou sempre desconfiadíssimo e com razão. Ainda firmou os pés no chão e tentou sacar alguns bons muletazos, mas foi sol de pouca dura.
    Dirigiu sem problemas o sr. José Bartissol numa corrida com bom ambiente onde a ausência de cuidado com o curro foi único pecado.